Cuidados para não carbonização das fibras radiais de endolaser

A CARBONIZAÇÃO DAS FIBRAS , é algo desagradável e incomodo que altera gravemente o resultado de nosso procedimento .

Segue abaixo orientações para evitar este efeito indesejado :

1- Antes de iniciar o procedimento confira se não há falha em algum ponto do halo de emissão radial

2- No momento da tumescência tenha cuidado para não lesar tanto a fibra como o acrílico de emissão radial da ponta com o bisel da agulha

3- A cada segmento que realizar a termoablação limpe a ponta da fibra com gaze umedecida e confira o halo radial

4- Durante o uso após emissão de mais de 1.000 joules de energia usada repita o passo 3 sistematicamente

5- se houver alguma falha do halo radial e não conseguir limpar apenas com gaze umedecida, introduza a ponta da fibra em uma seringa de 10 ou 20 ml , com 2 ml de de soro fisiológico e dispare o laser a 10 W de potência no interior da seringa (cuidado para não ter contato com a parede da seringa ou o embolo) escute o soro borbulhar “ferver”, isto levara 15 a 20 segundos (procedimento deve ser realizado com o máximo de cuidado de possível usando óculos de proteção), após limpe novamente com gaze úmida e teste o halo.

6- No momento que estiver realizando tratamento das sanefas , mantenha o introdutor ou cateter, observe se apresenta qualquer alteração na imagem ultrasonográfica da termoablação, se houver ou apresentar um odor característico de carbononiozação na sala de procedimento retire a fibra e realize os passos 3 e 5 novamente.

7- evite ficar testando se a veia se fechou durante a termoablação, disparar o laser em um local que já foi realizado um disparo prévio, haverá possivelmente o contato com um ponto negro no interior da veia o que faz aumentar consideravelmente a temperatura na ponta da fibra pela afinidade da cor negra (cromóforo, principal doo laser) isto aumenta a chance de carbonização.

8- Principalmente com as fibras de 400 micra, evite usar seguidamente a emissão do laser por seguimentos maiores de 10 cm , pare uns 30 segundos , se necessário complemente a tumescência, fibras de 400 podem superaquecer com maior facilidade o que predispõe a carbonização.

9- Tenha precisão no cálculo exato da potência adequada para cada segmento de veia a ser tratado, potências maiores que as necessárias aumentam a incidência de carbonização, isto podemos observar quando a fibra passa a “agarrar”muito no momento da retração.

10- Pacientes com distúrbios como hemocromatose, aumento de ferro sérico, HB , HT , ferritina , normalmente apresentam uma carbonização precoce da fibra

11- No momento da tumescência seja insistente em esvaziar o máximo possível a veia, disparar a laser em uma veia com sangue em seu interior , aumenta o risco de carbonização.

12- Pode-se também no momento de limpeza da fibra com uma gaze úmida , realizar pequenos disparos, 1 a 2 segundos com uma potência baixa (2-3 watts) o que auxilia soltar os pontos de carbonização, procedimento deve ser realizado com o máximo de cuidado de possível usando óculos de proteção e tomando cuidado para não ocorrer queimadura dos dedos do profissional (gaze bem únida)

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